segunda-feira, 15 de maio de 2006

Judolândia

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Judolândia é a página José António Marques da Costa Ferreira que de modo particularmente feliz resumiu a história do Judo em Portugal a partir de obra colectiva de José Costa Branco, David Monge da Silva, Fernando Costa Matos e Fausto Martins de Carvalho que, em 1983 editaram, pela Centelha, uma utilíssima obra de referência sobre a nossa modalidade.
Em «fascículos», por assim ser de leitura mais agradável e interessante, transcrevemos a referida história sucinta do Judo em Portugal por José António Costa Ferreira.
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O INÍCIO
«O desenvolvimento do Judo em Portugal tem algumas semelhanças com o início do Judo no Japão, na medida em que, ambos passaram pelo "Ju-Jitsu”. Assim os primeiros contactos com a modalidade, ainda sob a forma de "Ju-Jitsu”, datam do primeiro quartel deste século.
Hirano, o primeiro professor japonês de jiu-jitsu que se estabeleceu em Portugal, foi o precursor da modalidade. Veio a falecer na praia de Santa Cruz, perto de Torres Vedras. Seguiram-se-lhe Sada Kasu Uyenishi (também conhecido por Raku), acompanhado por Deku, Taki e Yuki Tani que efectuaram demonstrações e combates em Lisboa e Porto. Por essa altura também estiveram entre nós Yamaguchi, Magiro e Hayashi.
Entretanto, a Polícia de Segurança do Porto, por iniciativa do seu comandante Coronel Namorado de Aguiar e de outro oficial da mesma corporação o Tem. Alberto Cruz, incluiu a prática do Ju-Jitsu nos programas dos cursos dos seus agentes. A instrução estava a cargo de Armando Gonçalves. Decorria então o ano de 1936. Armando Gonçalves publicou alguns livros dos quais citamos: «A Defesa na Rua», lª edição, 1914, Porto; «0 Fraco Vence o Forte», 1ª edição, 1941, Livraria Simões Lopes.
Mais tarde surge A Academia de Budo, sala pertencente a António Correia Pereira, em funcionamento desde 1946, e que foi um dos primeiros “clubes” em Lisboa.
António Correia Pereira foi o editor da primeira revista sobre Judo Kodokan publicada em Portugal, da qual apenas saíram nove números. Sob o pseudónimo de Minero publicou o livro intitulado «A Essência do Judo». Foi o primeiro cinto negro português inscrito no Kodokan, porém por nunca ter estado ligado à Federação Portuguesa de Judo a sua graduação não é reconhecida por aquela entidade.

Em 1955 vem para Lisboa o francês Decruet, 1º Kyu e mestre de armas, iniciando o seu trabalho na Polícia Militar e em Mafra. Ainda neste ano vem para Lisboa, integrando-se no corpo docente do Liceu Francês Charles Lepierre, Henri Bouchend'Homme - professor de Educação Física e 1º Dan. Henri Bouchend’ Homme vendo que não se praticava Judo em Lisboa começou a leccionar no Lisboa Ginásio.
De entre os seus diversos alunos podem-se evocar os nomes do Engº Carlos Oliveira, Arqtº João Matoso, Dr. Nuno Ribeiro, Edmundo Sousa Pires e Armando Gonçalves Cardoso.
Quase na mesma altura chega a Lisboa Antony Striker (Suíço) 1º Dan, o qual abre uma sala no Largo do Intendente, onde despontaram para o Judo, entre outros, Afonso Maia de Loureiro, Vasco de Sousa e José Manuel Bastos Nunes.»

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posted by João Nuno Almeida e Sousa

2 comentários:

MM disse...

Até parece que andas-te no curso de monitores.lol

Anónimo disse...

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